História da Escola Básica Municipal Dr. Amadeu da Luz
No século XIX, a Europa passou por um acelerado processo de industrialização, transformações políticas que trouxeram profundas mudanças econômicas e sociais com reflexos nas cidades e nos campos, provocando um vasto movimento migratório de massas populacionais em direção a diversas partes do mundo, sobretudo à América. Como o tráfico de escravos negros africanos foi proibido, os imigrantes foram a solução para a substituição da mão-de-obra escrava, para o “branqueamento” da população e para a colonização das terras mais ao Sul (ZIMMER, 1997).
Toda a responsabilidade da instalação e manutenção das colônias foi transferida aos cuidados da iniciativa particular como Sociedades Particulares e Companhias de Navegação. Assim, ao chegarem ao Vale do Itajaí, uma das primeiras preocupações dos colonos foi a construção de um prédio que tivesse, inicialmente, dupla função: funcionar como escola para os filhos dos imigrantes e celebrar os atos religiosos. Isso aconteceu porque o Governo Provincial de Santa Catarina não tinha um sistema educacional capaz de atender as demandas dos imigrantes: por isso, decidiram organizar seu próprio. (ZIMMER, 2002).
Segundo Guenther e Liesenberg (2004), os pais dos alunos criavam as associações escolares (Schulgemeinde) e contribuíam, mensalmente, com quantias em dinheiro ou com produtos agrícolas para a remuneração do professor. No início, as aulas eram ministradas em língua alemã.
A Comunidade de Testo Alto I, embora criada em 1884 (com inauguração da igreja em 1886) tomou para si, assim como era comum à época, o ensino das crianças e jovens. Quem desempenhava essa tarefa normalmente era o Pastor da comunidade. Na comunidade de Testo Alto, os cultos começaram desde 1870, sendo a escola a sede enquanto a Igreja não havia sido inaugurada. Porém, o ato de inauguração da escola aconteceu em 1871.
A escola foi fundada pelos moradores da parte superior do Testo no ano de 1871, tendo como primeiro professor o Sr. Friedrich SchümannForam fundadores da Comunidade de Alto Rio do Testo os seguintes imigrantes: Johann Kiekhoefel, Gustav Dallmann, Wilhelm Krahn, Wilhelm Borchardt, Heinrich Kruger, Albert Wachholz, Karl Ramlow, Karl Kruger, Wilhelm Prahl, Friedrich Schade, Albert Kruger, Wilhelm Trettin, Wilhelm Ziemer, Wilhelm Peter, Karl Döge, Fernand Malon, August Lach, Karl Riebe, Wilhelm Riemer, Gustav Lach, Johann Jandre, Friedrich Klemann, Fernand Ramthun, Karl Hornburg, Karl Zastrow, Friedrich Achterberg, Fernand Hornburg, Fernand Gustmann, Wilhelm Gustmann, Karl Siewerdt, Wilhelm Lemke, Friedrich Schumann, Wilhelm Holz, Hermann Nienow, Wilhelm Winkler, Friedrich Radtke, e Fernand Dallmann.
Esses imigrantes, juntamente com outros, eram naturais da Província de Hinter-Pommern. Partiram do porto de Hamburg em 1868 e 1869, provavelmente nos veleiros Lord Brougham e Mathilde, respectivamente. Desembarcaram no porto de São Francisco, onde algumas famílias se instalaram em Joinville e outras em Blumenau.
No ano de 1886, a comunidade, estimulada pelo Pastor Runte, construiu no mesmo terreno uma igreja de alvenaria, com uma pequena torre de madeira que continha dois sinos. O Pastor Heinrich Runte, da comunidade de Badenfurt (Blumenau) foi um grande incentivador das atividades escolares, realizando visitas periódicas, envolvendo-se, inclusive, na fundação das primeiras oito escolas. (MAAS, 2010)
Depois que a Igreja ficou pronta, as paredes de barro da escola também foram substituídas por paredes de tijolos. Em julho de 1886, os moradores de Rega se desligaram após terem construído sua própria escola em Rega.
Foto de 1904, onde temos o professor Christian Frahm que lecionou de 1898 a 1924, vindo a falecer em janeiro de 1925.De 1885 a 1906, eis o quantitativo de alunos matriculados:
Ano |
Número de crianças |
1885 |
96 |
1886 |
95 |
1887 |
76 |
1888 |
77 |
1889 |
79 |
1890 |
62 |
1891 |
78 |
1892 |
79 |
1893 |
73 |
1894 |
71 |
1895 |
70 |
1896 |
55 |
1897 |
51 |
1898 |
60 |
1899 |
59 |
1900 |
61 |
1901 |
59 |
1902 |
68 |
1903 |
67 |
1904 |
62 |
1905 |
57 |
1906 |
45 |
A contribuição escolar variava entre 200 réis e 800 réis e cada terceiro filho estava isento.
O ordenado do professor até o ano de 1898 era de 20 mil réis por mês, entretanto os professores recebiam um adicional governamental de 15 mil réis por mês, do qual a metade ficava com a comunidade. Na época, o ordenado do professor foi fixado em 40 mil réis por mês.
Como professores atuaram: Friedrich Schümann (1871 – outubro de 1881), Johann Schluter (outubro de 1881 – abril de 1884), Albert Ziehlsdorff (abril de 1884 - ?), Vagh (? -?), Carl Krueger (01 de abril de 1893 – 31 de janeiro de 1898), Aug Von Frankenburg (1º de fevereiro de 1898 – 13 de setembro de 1898), Christian Frahm (20 de outubro de 1898 - 1924)
Professor Christian Frahm
Entre os primeiros diretores da escola estavam Karl Siewerdt, Christian Frahm, Franz Hornburg, Karl Maske.
Em 1904, a comunidade requereu o título de propriedade do terreno, que foi concedido em 1905, mediante o qual a comunidade era proprietária enquanto a escola acusasse mais de 10 alunos e tivesse um cemitério sobre este terreno. (Lei nº 789, de 29 de setembro de 1890, artigo 20)
Após o falecimento do professor Christian Frahm, lecionou em seu lugar por um período de três meses o professor Rudolfo Hasse, do Riberão Wunderwald, sendo então substituído definitivo por seu irmão professor Emil Hasse, que permaneceu até maio de 1931, quando assumiu deste ano até 1938 o professor Fritz Probst.
Em 1939, por alguns meses, a escola teve como professor Leopoldo Wachholz, que foi exonerado em virtude da eclosão da 2ª. Grande Guerra Mundial, quando houve o fechamento de todas as escolas particulares, política conhecida como Nacionalização. Assim, assume a escola a professora Gertrudes Soares, vinda de Blumenau, que ficou até o final deste ano. Também, nesta época, a escola foi transformada em municipal e recebeu o nome de “Dr. Amadeu da Luz”. Quem foi Dr Amadeu da Luz
O ano de 1940 foi ocupado pela professora Joana de Conceição, também de Blumenau, que permaneceu somente até o final deste ano.
De 1941 a 1943, a escola teve como professor Paschoal Deretti. Em 5 de maio de 1941 foi fundada a Associação de Pais e Professores “Christian Frahm”. A partir de 1944, o cargo de professor foi ocupado pelo Sr. Rudolfo Hornburg, transferido da Escola Municipal “Bonifácio Cunha” de Testo Alto II. Este professor lecionou em dois turnos e teve até 1948 como assistente o professor Hugo Frahm, sendo este último substituído a partir deste ano pelo professor Christian Frahm, neto do falecido Christian Frahm que permaneceu como substituto até 1957, quando foi transferido para a Escola Municipal “Bonifácio Cunha”. Sua vaga foi ocupada pela professora Úrsula Hornburg, filha do professor regente Sr. Rudolfo Hornburg, como substituta até 1960, ano em que foi efetivada e trabalhou até se aposentar no ano de 1985. Seu pai, Sr. Rudolfo, também lecionou até se aposentar em 1968.
Professor Rudolfo HornburgNa época do professor Rudolfo Hornburg, em 02 de janeiro de 1962, a escola em estilo enxaimel foi demolida e reconstruída pela comunidade, juntamente com a Prefeitura no governo de Arnoldo Hass, tendo a obra uma sala de aula inaugurada em 10 de março de 1962. Em 1969, foi construída mais uma sala de aula pela Prefeitura Municipal no governo do prefeito Sr. Mário Jung e vice-prefeito Sr. Rudolfo Hornburg.
Escola Testo Alto I, depois de sua reconstrução em 1962Reunião festiva realizada para registrar a reinauguração da Escola Testo Alto I em 1962
A
partir do ano de 1969, em virtude da aposentadoria do Professor Rudolfo Hornburg,
a escola contou com o professor Hilário Greuel, esposo da professora Úrsula
Greuel, até julho de 1975. Nesta época, este professor formou duas turmas
compostas de 55 alunos no curso supletivo do Mobral no período noturno.
Hilário Greuel
Quando começou a lecionar, assumiu a turma de 1ª. Série, sendo que na época, a escola atendia até a 3ª. Série. No início, dividia as turmas com o próprio pai, que assumia a 2ª. E 3ª. Séries, na mesma sala.
A turma de 1ª. Série era numerosa (chegava a ter mais de 30 alunos). Ela relata que em 1969 foi construída mais uma sala de aula pela Prefeitura Municipal no governo do prefeito Sr. Mário Jung e vice-prefeito Sr. Rudolfo Hornburg, o que foi muito bom para a melhoria do trabalho pedagógico, proporcionando um ambiente mais amplo.
Entre as dificuldades que vivenciou na escola, relata que o acúmulo de tarefas era grande, pois era também atribuição da professora (com a colaboração dos alunos) a preparação da merenda, o cuidado com a horta e a limpeza das salas. Essa acontecia voluntariamente aos sábados de manhã. Posteriormente, a contratação da primeira merendeira, Dona Rosalia Krueger, facilitou esse trabalho.
Entre as
realizações que o trabalho como docente proporcionou, ela destaca a felicidade
de ensinar as primeiras letras aos alunos, começando com ensinar a segurar o
lápis. Diz que gosta muito de ser lembrada por ex-alunos, que a tratam com
muito carinho quando a reveem. A educação que foi iniciada por ela é que deu
condições para que fossem o que são hoje – profissionais de sucesso, em funções
de destaque.
Nos primeiros meses após a aposentadoria, Dona Úrsula sentia muita falta da sala de aula e voltava constantemente à escola para matar as saudades. Depois, com o passar do tempo, foi se ocupando com outras atividades, entre elas, a costura.
Sente-se plenamente feliz e realizada com a vida que construiu, tem orgulho dos filhos e fala do amor que sente pelo neto Arthur, que é aluno da escola atualmente. Para a escola Amadeu da Luz, deseja que continue a trilhar o caminho de sucesso, com ensino de qualidade que sempre teve.
O professor Hilário Greuel ausentou-se em março, abril e maio de 1974, quando foi substituído pela professora Elcina Wolter. E, com a saída do mesmo no ano de 1975, a referida professora assumiu como regente de 04 de agosto de 1975.
Durante a regência da professora Elcina Wolter, foram professoras deste estabelecimento: Elzira Behling – 1977 a 1981; Ivone Machado Pereira – 1982 a 1983; Mari Ehlert – março a maio de 1984; Altiva Dreger Strutz – 10 de maio de 1984.
Em 26 de fevereiro de 1985, no governo municipal do Prefeito Sr. Eugênio Zimmer e Vice-Prefeito Sr. Nelson Riemer, a escola foi transformada em Escola Básica Municipal “Dr. Amadeu da Luz”, assumindo como diretora a Sra. Therezinha da Silva Baptista. Através do processo 601/84, parecer 35/85 aprovado em 26/02/1985 pelo Conselho Estadual de Educação, aprovando a instituição como Escola Básica, foi construído por este governo municipal um prédio novo de arquitetura moderna em terreno de 5.041m² doado pelo Sr Oscar Volkmann, sendo que a antiga sede onde funcionava a escola foi devolvida à comunidade.
Ainda no ano de 1985, foi criado na escola o ensino Pré-escolar, tendo à frente a professora Lilian Strobel, que lecionou até o final deste ano. Quando no ano seguinte, em virtude do elevado número de alunos, foi desdobrado em Jardim e Pré-escolar, funcionando em dois turnos diferentes, assumindo as turmas a professora Simone Haut.
A Escola Básica Municipal “Dr. Amadeu da Luz” foi oficialmente inaugurada em 19 de outubro de 1986, com presença de autoridades municipais, estaduais e federais, sendo realizada uma festa com o apoio da comunidade local.
Casal doador do terreno onde se encontra a escola
Karin Raduenz Hoeft
Dona Karin Raduenz Hoeft, 53 anos, filha de Rita Raduenz (nascida Fischer) e Arno Raduenz, casada com Frank Fred Hoeft, tem dois filhos, Lukas e Heidi, e concedeu uma emocionante entrevista no dia 14 de maio de 2021. Formada em Educação Física, dedicou 32 anos de sua vida à EBM Dr. Amadeu da Luz!! Sua trajetória na escola foi permeada de muita alegria, amor e determinação. Tem um grande “karinho” (palavra que ela costumava usar) por esta comunidade, que é constituída de um povo muito forte e acolhedor.
Ao iniciar a entrevista, Dona Karin contou que optou pelo curso de Educação Física da FURB porque sempre gostou muito de esportes, praticou muitas modalidades ao longo de sua vida de estudante. Além disso, gostava muito de brincar de “ser professora”. Teve duas professoras que sempre a incentivaram bastante nesta área: Roseli Weege e Magrit Achterberg.
Sua chegada à escola Amadeu da Luz em 19 de março de 1986, aconteceu enquanto ainda era acadêmica de Educação Física, com apenas 18 anos, e a história é até engraçada: no ponto de ônibus foi abordada pelo então professor de Educação Física da escola, o Sr. Waldir C. dos Santos, que lhe disse que a escola precisava com urgência de um professor de História e Geografia para 5ª e 6ª série. Entrou em contato com a escola, na época a diretora era Dona Terezinha, e a mesma pediu que Karin fossem conversar naquela mesma tarde com o prefeito. Na época, as contratações aconteciam sem a necessidade de concurso público ou processo seletivo.
No mesmo ano, em julho de 1986, ainda assumiu algumas aulas de Educação Física à tarde, conciliando com o curso da FURB, que era de manhã. Trabalhou com a disciplina de Educação Física e também esteve à frente da Fanfarra da escola por muitos anos.
Dona Karin participou da inauguração do prédio da escola na Rua Hilda A. G. Volkmann, em 1986!
Em janeiro de 2005, foi chamada pelo então prefeito eleito Ércio Krieck e a Secretária de Educação Neuzi Schotten para assumir a direção da escola. Assim como a grande maioria das pessoas frente a uma proposta dessas, titubeou, duvidando inicialmente da sua capacidade para isso. Aceitou o desafio, mas tinha para si que ficaria no máximo dois anos para não se afastar da Educação Física. Ficou à frente da escola como diretora por oito anos. Desligou-se do cargo da direção porque assumiu como vereadora em 2013 e voltou a lecionar Educação Física por quatro anos. Em 2017, novamente, assume o cargo a convite da gestão municipal e se aposenta no início de 2018.
Mesmo que as condições de trabalho no Amadeu da Luz fossem difíceis no início da carreira dela porque não havia espaço nem material adequado para a prática da Educação Física, comparando à estrutura que a escola Dr. Blumenau poderia lhe oferecer à época, sentia que a comunidade necessitava justamente do trabalho perseverante dela – seria sua missão.
Sente gratidão por tudo – o que Dona Karin é hoje deve à escola Amadeu da Luz. A marca que gostaria de deixar a todos que passaram por ela é o amor. Amor e cuidado – que às vezes se resumem apenas a um olhar atento. Sente-se realizada quando percebe o reconhecimento dos alunos e ex-alunos.
Ao chegar próxima da aposentadoria, não queria parar. O que a fez repensar foi a coaching, que a fez perceber que poderia continuar contribuindo com outra comunidade. Assim, em 11 de janeiro de 2018 encerrou seu vínculo com a Rede Municipal. E no dia 15 de janeiro do mesmo ano aceitou outro desafio – a direção do Colégio Sinodal Dr. Blumenau, onde trabalha até hoje. Avalia que tudo estava preparado por Deus para que acontecesse exatamente dessa maneira. Certamente a experiência que teve ao longo dos anos no Amadeu a ajudam agora neste novo desafio.
Gratidão é como define tudo o que viveu!
Dona Dóris Mathias Selhorst
No final do ano de 2017, foi convidada para assumir a direção da Amadeu da Luz e, mesmo próxima à aposentadoria, aceitou o convite com muita honra, porque, em sua opinião, encerrar o ciclo nesta escola seria fazê-lo com “chave de ouro”. Para ela, trabalhar no Amadeu da Luz foi uma época excelente, de muita troca de experiências com a comunidade do Testo Alto.
Dóris relata que desde muito pequena sonhava em ser professora, porque quando voltava da aula, reproduzia tudo o que a professora tinha feito na sala com as suas bonecas em um quadro de giz pequeno. Inclusive brigava com as bonecas quando a professora também fazia. O desejo por estudar Letras iniciou na escola Dr. Blumenau, quando teve aulas com o professor Eugênio Zimmer, cuja generosidade Dona Dóris lembra bem. Inclusive Sr. Eugênio chamou-a para aulas de reforço, a fim de que estivesse sempre melhorando. Quando foi morar em Blumenau com a prima, freqüentando a então 6ª série, teve aulas com a professora de Português Dinorah Gonçalves, e ela nos conta que a professora a ajudou muito com sua dificuldade com o R, sem causar constrangimentos e desconfortos perante os demais colegas. Foram esses dois professores que ajudaram a construir sua trajetória de vida profissional e pessoal.
A experiência de gestora escolar de Dona Dóris é bastante extensa, pois ficou mais de 15 anos à frente da EEBM Professor Vidal Ferreira (antiga Pomerode Fundos). Sua experiência com essa escola foi como a de ter um filho, que merece todo cuidado e atenção em virtude de grandes dificuldades da comunidade. Depois desse longo tempo na gestão, Dona Dóris voltou a lecionar na EEBM Professor Curt Brandes e conta que foi uma experiência muito significativa, pois tentou colocar em prática tudo aquilo que sempre incentivou enquanto gestora – projetos e atenção ao aluno nas suas especificidades. Dona Dóris também relata que é gratificante e reconfortante demais ser reconhecida por ex-alunos quando os reencontra.
Na EBM Dr. Amadeu da Luz, sentia-se realizada na continuação dada aos trabalhos e conquistas já iniciados em gestões anteriores: no trabalho pedagógico, na qualidade dos textos, no ótimo desempenho nas Olimpíadas de Matemática e Astronomia, Competições esportivas, entre outros. Dona Dóris compara o trabalho de gestão em uma escola ao trabalho por detrás das câmeras, que não “aparece”, mas é imprescindível.
Ela se aposentou logo após as férias de 2019 e planejava muitas viagens para esse período. Porém, veio a pandemia do covid-19 e esses planos tiveram que ser suspensos por um tempo. Ela conta que passar pela pandemia a fez refletir muito e avalia que a aposentadoria veio em um bom momento, por causa dos cuidados com a saúde. Por conta do primeiro lockdown, logo em março de 2020, em que todos ficaram em casa por alguns dias, não sentiu tanto a falta da escola no início. Atualmente, mata a saudade conversando com pessoas ainda ligadas à educação e acompanhando redes sociais.
Hoje, com o fim da correria do dia a dia, tem se dedicado à própria saúde e auto-cuidado, além de curtir muito a família e aproveitado todos os momentos juntos. Também gosta muito de ler e assistir a séries e filmes. Tem se dedicado ao trabalho voluntário na Rede Feminina de Combate ao Câncer como forma de gratidão. Porém, sabe que “não pode parar” e tem planos para retomar a escrita sem grandes pretensões.
Dona Dóris encerra dizendo que a escola tem o poder de rejuvenescer, porque o contato diário com o jovem faz com que perpetuemos em nós mesmos a juventude que está dentro de cada um. Não são os anos que são capazes de nos definir, mas as nossas atitudes.
Escola em 2021
Corpo Docente e administrativo 2021
Referências bibliográficas:
GUENTHER, A.; LIESENBERG, G. Cor: verde. Crônica da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Pomerode de sua Fundação a 2002. Blumenau: Nova Letra, 2004.
MAAS, S. Rais aus, die Polatzai komm: os sentidos da língua alemã no ensino em Pomerode – SC. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade Regional de Blumenau, Centro de Ciências da Educação, Blumenau.
Pomerode: sua história, sua cultura, suas tradições. Pomerode: Prefeitura Municipal. Fundação Cultural de Pomerode. Série histórica; v. 5, p. 41-49
ZIMMER, R. Pomerode, a cidade mais alemão do Brasil: as manifestações de germanidade em uma festa teuto-brasileira. 1997. 134f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santan Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Florianópolis.
ZIMMER, R. Pomerode: manifestações de germanidade em uma festa teuto-brasileira. Santa Maria: Palotti, 2002
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